Fico sempre triste neste dia... foi a última vez que o vi. A saudade é uma dor de quebra. Nunca mais fiquei completa. Era o amor da minha vida. Aquele Amor.
Ele apareceu no restaurante pela primeira vez a uma terça à noite, pediu o prato do dia e comeu sozinho. Tinha um ar tão sozinho. Voltou na quinta e atendi-o novamente.
Ele era bem parecido e aquele fato cinzento fazia parecer importante. Não resisti e meti conversa. Ele também. Voltou Sexta, depois segunda, depois quarta... foi voltando. Foi assim que começou. Saíamos à noite, depois da cozinha fechar, e, éramos felizes. Muito. Ao fim de seis meses engravidei. Acidentalmente. Não sabia como lhe havia de dizer. Não disse. Tive medo que pensasse que o estava a tentar prender. Decidi esperar e guardar segredo por uns dias. Agora penso que não o devia ter feito, mas fiz. Foi a minha escolha.
Ele desapareceu. Nunca chegou a saber que tinha uma filha. Nunca a chegou a conhecer. A nossa filha. E a nossa neta. A minha filha é mais parecida comigo mas a minha neta é a cara chapada dele. Tem aquele aspecto importante e o tempo parece não passar por ela como passa para toda a gente. É linda. É a alegria e orgulho desta casa. Nunca as conheceu... é uma pena. É uma dor que não se apaga.
Tanto quanto sei abandonou-me. Sem uma palavra. Sem uma notícia. Abandonou-nos, a mim, e, a minha filha. Abandonou-nos, a nós, e, a mulher. Foi ela que apresentou queixa. Nunca mais ninguém o viu mas não consigo guardar mágoa... e, se ele voltasse, eu ia estar de braços abertos para o agarrar e jamais o ia deixar partir outra vez. Seria meu para sempre.
Ele apareceu no restaurante pela primeira vez a uma terça à noite, pediu o prato do dia e comeu sozinho. Tinha um ar tão sozinho. Voltou na quinta e atendi-o novamente.
Ele era bem parecido e aquele fato cinzento fazia parecer importante. Não resisti e meti conversa. Ele também. Voltou Sexta, depois segunda, depois quarta... foi voltando. Foi assim que começou. Saíamos à noite, depois da cozinha fechar, e, éramos felizes. Muito. Ao fim de seis meses engravidei. Acidentalmente. Não sabia como lhe havia de dizer. Não disse. Tive medo que pensasse que o estava a tentar prender. Decidi esperar e guardar segredo por uns dias. Agora penso que não o devia ter feito, mas fiz. Foi a minha escolha.
Ele desapareceu. Nunca chegou a saber que tinha uma filha. Nunca a chegou a conhecer. A nossa filha. E a nossa neta. A minha filha é mais parecida comigo mas a minha neta é a cara chapada dele. Tem aquele aspecto importante e o tempo parece não passar por ela como passa para toda a gente. É linda. É a alegria e orgulho desta casa. Nunca as conheceu... é uma pena. É uma dor que não se apaga.
Tanto quanto sei abandonou-me. Sem uma palavra. Sem uma notícia. Abandonou-nos, a mim, e, a minha filha. Abandonou-nos, a nós, e, a mulher. Foi ela que apresentou queixa. Nunca mais ninguém o viu mas não consigo guardar mágoa... e, se ele voltasse, eu ia estar de braços abertos para o agarrar e jamais o ia deixar partir outra vez. Seria meu para sempre.
2 comentários:
Pronto, se calhar lá terei que dar razão ao tal 'workshop dos acentos'. Mas atenta na 5ª linha a contar do fim e diz-me se não devia ser 'à minha filha' e 'à mulher'
beijinhos e boa continuação
Enviar um comentário