Não se sabe bem como chegaram mas foi à cerca de dez anos. Parece um lugar comum batido num filme de ficção B mas é verdade. Destruíram tudo o que apanharam . Mataram milhões de pessoas e outras tantas tiveram de abandonar as suas casas. Agora vivemos nos pólos e nos desertos. Os extremos não são bons para nós, mas também não são para eles, e, impedem-nos de atacar. Ficamos protegidos aqui, por enquanto. O clima está a mudar rapidamente...
Ainda não se conseguiu descobrir uma fraqueza, um calcanhar de Aquiles. Resistem a tudo, regeneram-se, e, quando cortamos ou esmagamos um, surgem dois. Nada parece funcionar e o seu apetite não para de crescer. Mal sentem a presa multiplicam-se exponencialmente em poucos minutos e atacam, Rodeiam a presa como formigas e em menos de cinco minutos alimentam-se de um ser humano. É impossível escapar. Se nos encurralam passámos a história.
Não é um espectáculo bonito de se ver.
...
Trabalho no CIB(A) – Centro de Investigação Biológica, secção do Alasca. Aqui estamos reunidos, militares e cientistas de todas as partes do antigo mundo, para tentar encontrar uma saída. Uma maneira de os destruir. Eu fui o escolhido para pilotar o avião que vai testar a 136, um químico de acção letal que tem funcionado bem nas simulações de laboratório. Vou aspergir quase toda a floresta tropical. Estão todos confiantes e acreditam que vamos reconquistar as nossas casas. Eu não crio muitas esperanças, afinal é a arma 136, mas ainda assim estou ansioso. Estamos todos. Ninguém se aventura para essas regiões há dois anos. Mas eu vou. Amanhã.
...
A paisagem é linda. Verde. Infindável. Devia ser assim antes das madeireiras terem acabado com ela. Deve ser por isso que ela os abriga. Uma pequena vingança fria. Já ando a sobrevoar a floresta a cerca de duas horas. Ainda tenho combustível e 136 para mais de três horas mas só daqui a alguns dias saberemos o resultado.
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Um dos motores falhou e tentei aterrar numa clareira, não sei bem porquê, afinal vou morrer e vou ... e uma explosão é sempre mais agradável do que o que me espera, mas nunca se sabe: o 136 pode ser mais rápido e eficaz do que se pensa.
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Não é. Perseguiram-me toda a noite. Ouço-os moverem-se rapidamente no escuro e sinto o odor fétido característico. Corro sem ver para onde vou nem o que se passa a minha volta. Não quero morrer assim.
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Ainda não se conseguiu descobrir uma fraqueza, um calcanhar de Aquiles. Resistem a tudo, regeneram-se, e, quando cortamos ou esmagamos um, surgem dois. Nada parece funcionar e o seu apetite não para de crescer. Mal sentem a presa multiplicam-se exponencialmente em poucos minutos e atacam, Rodeiam a presa como formigas e em menos de cinco minutos alimentam-se de um ser humano. É impossível escapar. Se nos encurralam passámos a história.
Não é um espectáculo bonito de se ver.
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Trabalho no CIB(A) – Centro de Investigação Biológica, secção do Alasca. Aqui estamos reunidos, militares e cientistas de todas as partes do antigo mundo, para tentar encontrar uma saída. Uma maneira de os destruir. Eu fui o escolhido para pilotar o avião que vai testar a 136, um químico de acção letal que tem funcionado bem nas simulações de laboratório. Vou aspergir quase toda a floresta tropical. Estão todos confiantes e acreditam que vamos reconquistar as nossas casas. Eu não crio muitas esperanças, afinal é a arma 136, mas ainda assim estou ansioso. Estamos todos. Ninguém se aventura para essas regiões há dois anos. Mas eu vou. Amanhã.
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A paisagem é linda. Verde. Infindável. Devia ser assim antes das madeireiras terem acabado com ela. Deve ser por isso que ela os abriga. Uma pequena vingança fria. Já ando a sobrevoar a floresta a cerca de duas horas. Ainda tenho combustível e 136 para mais de três horas mas só daqui a alguns dias saberemos o resultado.
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Um dos motores falhou e tentei aterrar numa clareira, não sei bem porquê, afinal vou morrer e vou ... e uma explosão é sempre mais agradável do que o que me espera, mas nunca se sabe: o 136 pode ser mais rápido e eficaz do que se pensa.
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Não é. Perseguiram-me toda a noite. Ouço-os moverem-se rapidamente no escuro e sinto o odor fétido característico. Corro sem ver para onde vou nem o que se passa a minha volta. Não quero morrer assim.
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Fiquei encurralado numa parede de pedra. Corri até não poder mais e quando me virei já lá estava um. Não posso subir nem fugir, já o consigo ver a dividir. Vejo outros a chegar. Aqueles vermes nojentos com dentes afiados. Umas sanguessugas verdes com um apetite voraz. Eram dois, agora quatro. Daqui a pouco oito e depois dezasseis. Quando der conta já não existo debaixo de uma imensidão de vermes que me arrancam a carne como um exército de formigas assassinas. Um deles avança para mim e sinto medo. A adrenalina dispara e lembro-me de uma coisa que me diziam quando era puto. Agarro o que se dirige para mim e arranco-lhe a cabeça com uma dentada. Como-o Como-os a todos. Um por um. Uma gelatina viscosa e verde com alguns pedaços de cartilagem crocante que me dão voltas ao estômago. Mastigo bem. Um por um e imagino que são coxinhas de rã. Mastigo bem e sinto estômago a dar voltas e a revoltar-se. Aguento. Como-os a todos. “Bicho que a gente come é bicho que não come a gente” – dizia a minha avó Anabela.
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4 comentários:
ouve lá!!!
tás meio apanhado da cabeça ou andas a sofrer de uma qq micose mental, rara e desconhecida!?
tás cá com cada conto!
bou.te contar, migo!
vá lá, se tudo isto é material teu, autentico e original, louvo.te a imaginação, mas...
...ah!!!
"pequenos contos negros"
pronto, ok.
fica um abraço, entao.
(força nisso, jorginho)
da-te para cada uma jorginho...acho q n é imaginação como disse ali o amigo, eu ca me parece q andaste a provar uns bichitos tb...tas lindo..
Ate pa semana tolo, cometarios no meu tb pf!
Bjsssssssss
Caríssimo! Adorei esta do bixo que a gente come, não come a gente...
A imaginação está radiante, como sempre, a originalidade sufoca o mistério...que afinal se impõe de uma forma eficaz!
Alias este é um pequeno grande conto negro (muito negro), genial pela forma com que termina...e prevendo uma novo rumo na tua escrita?? será...? Ficamos a aguardar.
E porque não iniciar uma nova saga, de grandes contos negros? Seria mt, mt bom, pelos menos assim me dita a minha opinião!
Esta 'tua' avó Anabela é como eu!Também é meu hábito dizer isso, citando um amigo e há que reconhecer a verdade do dito. E a história, apesar de nos revolver os estômagos é muito digna de um argumento cinematográfico, muito ao estilo Alien. E cada vez gosto mais de ver tua criatividade e diversidade.
Agora vem a parte da correcção, e ainda os acentos,que realmente não devias descurar.
No 1º parágrafo, linha 11, devia ser 'pára' e não 'para'; no 4º parágrafo, linha 3/4 devia ser 'à cerca' e finalmente no 6º parágrafo, linha 3 devia ser 'à minha volta'.
Como vês também não é muito. Já agora não achas que devias tratar de arranjar editor p'a estes textinhos?? Não é minha opinião de amiga....é mesmo de algum conhecimento da causa!
PS. Também gostei do '5 sem mente'
PPs. secundarizo 100% comment de 'debaixo da lua vive gente!'
beijinhos grandes
como vês tardei, mas não esqueci.
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